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Leandro Heringer
Leandro Heringer

Coluna de Leandro Heringer – Fraude no INSS: omissão na comunicação e falhas de gestão agravam crise bilionária

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A Polícia Federal avançou nas investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Irregularidades em empréstimos consignados podem alcançar 90 bilhões de reais. Aposentados e pensionistas tiveram descontos indevidos em seus benefícios. Entre 2019 e 2024, o prejuízo pode ultraar 6 bilhões de reais.

A omissão na fiscalização é evidente. Foram mais de 35 mil reclamações sobre descontos não autorizados. Esse caso revela falhas graves na gestão pública. A primeira está na falta de integração entre sistemas. O cruzamento de dados entre instituições poderia ter facilitado a detecção da fraude, por meio de sistemas interoperáveis.

A segunda falha é de comunicação. Em artigo publicado no Correio Braziliense, o presidente da Associação Brasileira de Comunicação Pública, Jorge Duarte, destaca a ausência de ações comunicacionais no caso. Faltaram canais íveis de diálogo com os beneficiários e uma gestão de crise eficiente.

Ignorar as reclamações mostra que a comunicação governamental ainda está centrada na própria instituição, e não na população. Se o foco estivesse no cidadão, as manifestações teriam sido levadas em conta. Reclamações e críticas são oportunidades de melhoria — tanto no setor público quanto no privado.

Esse distanciamento entre o governo e a população é preocupante. São os cidadãos que usam, financiam e legitimam os serviços públicos — com impostos e com o voto.

Na contramão da falta de transparência, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) captou o sentimento popular e viralizou. Em um vídeo didático, direto e claro, ele explicou o caso e superou 100 milhões de visualizações em 24 horas.

Repetindo a estratégia usada no episódio do Pix, Nikolas criticou o governo Lula (PT) e mobilizou sua base a pressionar os presidentes da Câmara e do Senado pela criação de uma I.

Essa ação revela outra concepção de comunicação pública: não apenas informativa, mas relacional. O parlamentar explica, dialoga e convoca o público à ação.

É urgente repensar a gestão e a comunicação dos governos. Comunicação pública deve ser estratégica, contínua e voltada ao relacionamento com a sociedade — não apenas um recurso emergencial em crises. Ouvir a população é um dever, não um favor. A omissão custa caro. Vai além do prejuízo financeiro. É um golpe à democracia.