Coluna de Leandro Heringer – Comunicação Governamental: Inovação, Desafios e o Papel da Oposição

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O Governo Federal ou por várias crises, algumas delas notadamente potencializadas pela falta de comunicação estratégica. A comunicação é vista como um desafio no governo. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, desde a chegada de Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação (Secom) em janeiro, o governo Lula vive um “momento novo” na comunicação. No entanto, Dias reconhece que ainda há muito a melhorar, especialmente com o cenário eleitoral do próximo ano se aproximando.

A comunicação governamental segue ou deveria seguir normas que exigem maior capacidade de inovação, além de criatividade e percepção estratégica. Nesse sentido, apesar de todo orçamento disponível na máquina da istração pública, a oposição exerce papel diferenciado no processo democrático.

O Partido dos Trabalhadores (PT), quando estava na oposição, foi inovador em suas estratégias de comunicação, como a criação da TV Povo, uma sátira à TV Globo. Hoje, a oposição ao Governo Federal, composta majoritariamente por políticos de direita e centro-direita, utiliza as redes sociais de forma eficaz para influenciar a opinião pública.

Na democracia, a comunicação dialética é essencial. Tentativas de censura, muitas vezes disfarçadas de “regulamentação”, revelam um desejo de frear a inovação na comunicação. Esse é um ato reacionário que pode atrasar, mas não deterá as mudanças.

Os desafios da comunicação governamental são muitos. Abandonar a postura de “detentor da verdade” e buscar um diálogo aberto com a sociedade são os fundamentais para uma comunicação mais eficaz e democrática. Perceber as mudanças de contextos e o papel estratégico da comunicação não apenas para informar, mas principalmente para ter relacionamento com a população é essencial. As eleições ficam mais próximas e os desafios comunicacionais aumentam. Qual será o caminho: buscar a censura ou evoluir comunicacionalmente?