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Leandro Heringer
Leandro Heringer

Coluna de Leandro Heringer – A Morte do Brasil: Análise Política e Esportiva

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“Um minuto de silêncio! O Brasil morreu!”. Esse era o cântico de jogadores e torcedores argentinos no Monumental de Nuñes após a goleada por 4 a 1 dos “Hermanos” na seleção brasileira. A maior derrota da seleção canarinho em eliminatórias de Copa do Mundo.

A Confederação Brasileira de Futebol, no dia anterior, havia acabado de anunciar a reeleição do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, por aclamação. Apesar dos resultados ruins das seleções e dos questionamentos frequentes dos times em relação à organização do campeonato brasileiro, a eleição para novo mandato foi confirmada.

Essa notícia esportiva possui grande similaridade com o contexto político. Sim, o Brasil morreu! A suprema corte explicitamente assassinou o Direito brasileiro. Estão julgando um crime impossível: um golpe sem armas nem lideranças. Uma pichação de batom que levou uma mãe de família a 14 anos de cadeia. A título de comparação, Elize Matsunaga confessou que baleou a cabeça do marido, cortou o cadáver e espalhou as partes em sacos. Teve a pena de 19 anos depois reduzida para 16.

Não há análise individual dos atos. O foro foi desconsiderado. Um ato de vandalismo, como o ocorrido em 2017 em manifestação contra o então presidente Temer, foi travestido de golpe de Estado. Sem armas nem reivindicação de liderança para “tomar o poder”.

Juízes que se consideram vítimas realizam julgamento. Tomam para si o papel de “paladinos da democracia” ignorando o próprio ordenamento jurídico. Matam a já “relativa” democracia brasileira. Os fins podem justificar os meios, e a finalidade é atingir o que chamam de “extrema direita”. Uma construção narrativa de quem tem postura de extrema e suprema oposição ao contraditório.

Ouvir os gritos vindos de Buenos Aires no estádio Monumental pela vitória argentina nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 faz reverberar a verdade nua e crua: O Brasil morreu! O golpe de misericórdia está sendo dado de modo supremo, covarde e ilegal. O batom na estátua ofende pela ironia. Um minuto de silêncio até o despertar monumental do gigante que está longe do berço esplêndido.