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Leandro Heringer
Leandro Heringer

Coluna de Leandro Heringer – Escola “Unidos contra a dengue”

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Mais de 500 mil pessoas infectadas pela dengue segundo dados do Ministério da Saúde até 13 de fevereiro, a terça de Carnaval de 2024. As campanhas governamentais focam nas ações da população em não deixar água parada e evitar focos nas residências.

No espírito carnavalesco, em exercício crítico, reflexivo e lúdico, imagine as escolas de Samba: Unidos da Convocação de Vontades, Vila do Saneamento, Vacinadouro, Individuadela e Comunidade da Zoonoses. Cada uma com um samba enredo diferenciado.

Unidos da Convocação das Vontades aborda a mobilização social. O papel da população em realizar ações de prevenção em seu espaço privado. Seja em residência ou em empresas.

Vila do Saneamento traz o tema da ação do Poder Público em realizar saneamento em um país em que praticamente metade da população não possui água tratada nem tratamento de esgoto segundo dados oficiais de 2021.

Já Vacinadouro, propôs o tema da vacinação para a população. Uma ação a conta-gotas que proporciona proteção a uma parcela da população que não é, necessariamente, a mais afetada pelos casos mais graves da doença.

A Individuadela apresenta o samba do enredo do cada um por si. Usar repelentes, vacinar, comprar remédios e promover a hidratação como medidas de cuidado de si mesmo e do próprio núcleo familiar.

Para encerrar a noite carnavalesca, a Comunidade da Zoonoses com ações de prevenção, educação e enfrentamento com produtos e tanques como fumacê.

Nos anos de 1980, havia, no programa de Xuxa, o personagem Dengue. Praticamente quarenta anos depois, o mosquito transmissor Aedes aegypti continua a transmitir dengue, febre amarela em áreas urbanas e agregou zika e Chikungunya ao rol de doenças.

A necessidade de realizar uma junção entre as escolas de samba, atualizar samba-enredo, trabalhar a harmonia, inovar na alegoria e na evolução é urgente. A comunicação, apesar de não somente ela, é estratégica nesse processo. Pesquisas atuais sobre o grau de conhecimento da população, os motivos de agir e de não agir bem como o uso de tecnologias inteligentes sobre mapeamento de focos constituem ferramentas para planejamento mais eficaz no enfrentamento à doença.

Práticas de gestão para aumentar a possibilidade de uso de tecnologias inteligentes, quebrar monopólio de insumos bem como favorecer atividades estruturais são necessárias. Não adianta dizer que o foco está na residência sem ter saneamento. Pouco adianta limpar o quintal se há lixões ou a coleta de lixo inexiste.

Algumas práticas e vários quesitos devem ser repensados. No próximo ano, a mudança em gestão de municípios pode maximizar o número de casos das doenças ligadas ao aedes. Assim, promover o que cada bloco e, principalmente, a população deseja em relação ao Unidos contra Dengue. Nota 10 em todos os quesitos.

Leandro Heringer
Leandro Heringer