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Dia Internacional das Florestas - FSC, 25 anos fazendo a diferença
Dia Internacional das Florestas - FSC, 25 anos fazendo a diferença

Dia Internacional das Florestas – FSC, 25 anos fazendo a diferença

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Dia Internacional das Florestas – FSC, 25 anos fazendo a diferença

Em todo o mundo, quase 190 milhões de hectares de florestas possuem a certificação FSC. O Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking mundial, com quase 7 milhões de hectares. A maior parte desse total ainda é de plantações florestais, que reconhecidamente estão entre as mais sustentáveis do mundo. Mas o potencial para os biomas nativos, como a Amazônia e a Mata Atlântica, é enorme. Somos donos do maior remanescente de floresta tropical do mundo e, economicamente, um dos principais players do agronegócio. É inegável que o Brasil é um país de vocação florestal que precisa encarar essa riqueza como parte importante da solução para demandas futuras de energia, alimentos, fibras e madeiras e, mais do que isso, parte do caminho a ser trilhado rumo a uma economia mais verde.

Dia Internacional das Florestas - FSC, 25 anos fazendo a diferença
Dia Internacional das Florestas – FSC, 25 anos fazendo a diferença

 

Nesse cenário – e ao longo desses 25 anos de trabalho – a certificação FSC, que vale tanto para o manejo quanto para a cadeia de custódia, aparece como uma ferramenta para o desenvolvimento sustentável que integra os três pilares da sociedade: econômico, social e ambiental. “Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, estima-se que 69% da floresta tenha potencial produtivo. É preciso mudar a consciência corrente de se obter vantagens rápidas e entender que, acabar com o desmatamento depende de como fomentaremos a economia florestal”, diz Aline Tristão, diretora executiva do FSC Brasil.

Hoje, no Dia Internacional das Florestas (21 de março), quando os debates sobre desmatamento e aquecimento global ganham palco, o FSC faz questão de reforçar que floresta bem manejada significa desenvolvimento territorial responsável e geração de renda. Para muito além de produtos madeireiros, como móveis e papel, há também uma infinidade de produtos não madeireiros, como açaí, erva-mate e castanha, além da imensurável riqueza dos serviços ecossistêmicos.

Os rigorosos padrões do FSC são desenvolvidos através do diálogo com uma ampla gama de públicos estratégicos, incluindo povos indígenas, ambientalistas, empresas e sindicatos, para determinar os métodos de manejo de florestas nativas e de plantações florestais mais adequados para cada região. O FSC é o único sistema de certificação que incorpora, de forma igualitária, os interesses de grupos econômicos, ambientais e sociais.

Este ano a instituição comemora 25 anos de trabalho em prol das florestas, demonstrando que o manejo responsável é fundamental para conservá-las, para mitigar as mudanças climáticas e para preservar a flora e a fauna. O combate ao desmatamento é um trabalho que deve ser realizado de forma colaborativa, inclusive com o consumidor pressionando a cadeia por melhores práticas ao optar por produtos certificados. 

Segundo Aline, “contribuições de todos, o que inclui governos, empresas e sociedade civil, são imprescindíveis”. É porisso que a estrutura FSC de governança, baseada nos princípios da democracia, participação e igualdade, e com decisões construídas através de negociações, acordos e consensos, é um diferencial na busca pelo equilíbrio de diferentes visões e necessidades.

Além disso, o FSC desempenha um importante papel na preservação de serviços ecossistêmicos como água limpa, solo fértil, armazenamento de carbono, conservação da biodiversidade e possui um novo procedimento para que os manejadores florestais certificados possam medir, verificar e comunicar seus impactos positivos. Estudos e pesquisas independentes, como “Environmental impacts of forest certification”, da Universidade de Wageningen (Holanda), e “O impacto da certificação FSC no mundo”, realizado pela WWF, mostram que o trabalho do FSC, ao longo dessas mais de duas décadas, gerou inúmeros impactos positivos e benefícios tangíveis para as comunidades locais, os trabalhadores e o meio ambiente. Já se sabe, por exemplo, que as operações florestais certificadas danificam menos árvores para cada árvore derrubada e apresentam um melhor planejamento na construção de estradas do que as operações convencionais. Estes fatores são fundamentais para a manutenção da saúde das florestas produtivas, permitindo-lhes servir como importantes sumidouros de carbono e habitat para a vida selvagem.

O Brasil, até hoje, não deu a devida atenção a este setor, em especial em relação ao desenvolvimento da economia de base de florestas nativas. “O reconhecimento institucional do setor florestal é uma reivindicação que se arrasta há anos, com inúmeras perdas de oportunidades”, diz Aline.

Ainda que bem distante de sua “plena capacidade”, e diante de um cenário de crise econômica, o Setor Florestal Brasileiro tem experimentado forte expansão, de 3,4% em 2017. Tal resultado gerou e gera milhões de empregos diretos, indiretos e pelo chamado efeito-renda, e arrecada bilhões de reais em impostos para o setor público brasileiro. Mais de três milhões de brasileiros beneficiam-se direta e indiretamente das atividades florestais.

Num dia como o de hoje, o FSC Brasil reforça a importância de desmistificar que manejo florestal para produção é a mesma coisa que desmatamento. Não é! As plantações florestais, por exemplo, quando bem manejadas, geram benefícios econômicos para os territórios onde estão, e impactos sociais e ambientais significativos. No caso do manejo de florestas nativas, existem informações confiáveis que mostram que áreas sob controle e monitoramento por processos de verificação e de melhoria contínua de gestão podem funcionar como barreira ao desmatamento. “O nosso trabalho e principal desafio é mostrar que existem condições para que as florestas gerem cada vez mais dinheiro e opções de negócios, sem a necessidade de desmatar. É preciso parar de sacrificar as florestas por causa de benefícios a curto prazo”, ressalta a diretora executiva.

Sobre o FSC Brasil
É uma organização independente, não governamental, sem fins lucrativos, que promove o manejo florestal responsável ao redor do mundo desde 1994. Com sede na Alemanha, está presente em mais de 80 países. O FSC é o sistema de certificação florestal de maior credibilidade internacional e o único que incorpora, de forma igualitária, os interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos.

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