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Chamado de “drunkorexia”, esse comportamento ainda não é um distúrbio alimentar clinicamente reconhecido

Saúde – Trocar refeições por álcool se torna comum entre mulheres

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Saúde – Trocar refeições por álcool se torna comum entre mulheres

“A drunkorexia me mandou para a reabilitação aos 24 anos”, diz a blogueira norte-americana Lindsey Hall. Ela criou um blog para falar do drama que viveu. A realidade dela é a de diversas mulheres jovens que estão pulando refeições e reduzindo drasticamente a ingestão de calorias dos alimentos, substituindo-as por álcool.

Chamado de “drunkorexia”, esse comportamento ainda não é um distúrbio alimentar clinicamente reconhecido
Chamado de “drunkorexia”, esse comportamento ainda não é um distúrbio alimentar clinicamente reconhecido

Chamado de “drunkorexia”, esse comportamento ainda não é um distúrbio alimentar clinicamente reconhecido, apesar de imitar tendências anoréxicas.

Uma pesquisa, publicada no ano ado na revista “Australian Psychologist”, descobriu que quase 60% das estudantes de graduação em países ricos exibem tendências drunkoréxicas.

A nutricionista Edines Moreira, especialista em transtornos alimentares e membro do Conselho Regional de Nutrição de Minas Gerais, alerta para os perigos que essas pessoas correm.

“Substituir o alimento por bebida em excesso, em pouco tempo, pode provocar intoxicação aguda por álcool, levando a confusão, vômitos e desmaios. Também é provável que você sofra desnutrição pela falta de vitaminas e minerais vitais, já que o álcool não tem valor nutricional”, explica a nutricionista.

Para ela, a moda das dietas restritivas pode ter influência. “A cada dia, uma nova aparece e agora envolve o álcool”, explica. E, embora seja muito comum entre o público jovem, a drunkorexia não é encontrada exclusivamente nessa fase da vida. “Na clínica onde atendo, já vi casos de drunkorexia envolvendo adultos, poucos, mas preocupante da mesma forma”, pondera.

Edines alerta para os principais sintomas do distúrbio: perda de apetite, desnutrição, falta de memória, cansaço e irritabilidade.

Por fim, a especialista explica que o tratamento, nesses casos, é multidisciplinar: há atuação em conjunto de psicólogo, psiquiatra e clínico geral até que o paciente se recupere.

Conheça a anorexia do álcool aqui.

MINIENTREVISTA

Lindsey Hall
Blogueira

Como você conheceu a drunkorexia? 

Eu não entendia o conceito inteiro até eu estar em tratamento para um transtorno alimentar. No meu centro de tratamento, tínhamos terapia grupal sobre abuso de substâncias e transtornos alimentares – e foi aí que eu correlacionava o fato de que eu bebia frequentemente para não comer. Desde então, falei com muitos pesquisadores que estão investigando o conceito de drunkorexia.

Quais sintomas você tinha?

Eu não queria comer. Então bebia um copo de vinho antes do jantar – e talvez uma taça de vinho enquanto estava no jantar e, dessa forma, nenhum dos meus amigos/parceiros/pais sabiam que não estava comendo. Para mim, sempre foi evitar a comida. Eu estava tão aterrorizada com a comida e ganhando peso que eu confiava cada vez mais na habilidade de “matar a fome” com álcool.

Como foi o tratamento?

Parte dele foi a reavaliação do meu relacionamento com o álcool e como eu estava usando-o como um mecanismo de enfrentamento da anorexia. Além disso, o tratamento que fiz foi realmente abordar o transtorno alimentar que tive durante oito anos (anorexia).

Como se sente hoje? 

Em suma, sou uma pessoa feliz, em recuperação. Às vezes, estou ótima – às vezes, não. Mas confio em mim mesma para saber a diferença. E eu sei, nos tempos difíceis, que eu vou sair disso e que é possível mudar o estilo de vida.

 

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