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Bolsonaro Afirma Que General No Mec Representaria “Amor À Patria” E “Respeito À Família”
Bolsonaro afirma que general no MEC representaria “amor à patria” e “respeito à família”

Eleições 2018 – Bolsonaro quer escola militar

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Eleições 2018 – Bolsonaro quer escola militar

Pré-candidato à Presidência propõe parcerias com Exército e PMs e pretende colocar general no MEC

Bolsonaro Afirma Que General No Mec Representaria “Amor À Patria” E “Respeito À Família”
Bolsonaro Afirma Que General No Mec Representaria “Amor À Patria” E “Respeito À Família”

 

Não dobrar short ou camiseta da educação física “para diminuir seu tamanho” nem usar óculos com “lentes ou armações de cores esdrúxulas”. Meninos: nada de “barba ou bigode por fazer e costeleta fora do padrão”. Meninas: esqueçam o penteado “com mechas caídas”. Tingir o cabelo de “forma extravagante” é proibido para todos. “Contato físico que denote envolvimento de cunho amoroso (namoro, beijos etc.)” é infração até fora da escola, se o aluno estiver de uniforme.

As normas de uma escola dirigida pela Polícia Militar goiana seguem a rígida disciplina de instituições de ensino militarizadas. E se depender do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro, podem virar praxe no sistema nacional.

Das 147 mil unidades públicas de ensino básico, cerca de 0,1% estão sob batuta militar. São 13 comandadas pelo Exército (há projeto para implantar uma em São Paulo) e dezenas nas mãos de PMs estaduais – alguns Estados não possuem o dado consolidado, mas se sabe que Goiás lidera o ranking, com 36 colégios sob guarda da polícia e mais 18 previstos para 2018.

Bolsonaro diz que, se eleito presidente, multiplicará o modelo, fechando parcerias com as redes municipal e estadual. Reconhece ser impossível cobrir 100% da malha escolar, mas as escolas militares “ariam a ser exemplares”, pois nelas há “educação moral e cívica, o respeito às autoridades, no intervalo não tem maconha, o pessoal corta o cabelo…”.

À frente do Ministério da Educação (MEC), em eventual gestão sua, colocaria um general – alguém “que represente amor à pátria e respeito à família”, ao contrário de ministros recentes, diz. Cita dois petistas: “(Fernando) Haddad? Pai do ‘kit gay’ (projeto para discutir homofobia nas salas de aula). Aloizio Mercadante manteve a mesma política”.

No começo do mês, o deputado publicou na internet vídeo de “um exemplo de ensino que deveria ser adotado em todas as escolas públicas do Brasil”. Nove filas de alunos de um colégio em Manaus fazem coro para Bolsonaro, “salvação desta nação”.

Antes de ar para o controle da PM, a unidade tinha alunos receosos de deixar a mochila na sala para ir ao recreio. Coibir a violência no ambiente escolar não é a única vantagem que Bolsonaro vê na militarização da educação: esses colégios tendem a alcançar os primeiros lugares do Enem.

Ex-ministro da Educação com Dilma, Renato Janine Ribeiro diz que de fato “existe uma preocupação muito grande” com “uma parcela da juventude muito sem limites”, sobretudo após o caso da professora de Santa Catarina espancada por um aluno, e também reconhece que escolas militares têm desempenho melhor no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O problema, segundo ele, é comparar maçãs e laranjas. Essas instituições “têm mais recursos”, então é natural que se saiam melhor. Para o filósofo, “é um erro, numa sociedade democrática, tentar colocar a formação militar, hierárquica e obediente, como ideal para todos os jovens”, inquietos por natureza.

Estudantes apoiam ‘Parmito’

“Nasceste para vencer”, diz a inscrição na porta do complexo rosa em Campinas onde, 44 anos atrás, um moleque branquelo e espichado que atendia pelo apelido de “Parmito” (palmito) começou sua jornada militar.

O mesmo Jair Messias Bolsonaro é hoje cultuado numa página não oficial de Facebook que reúne antigos e atuais alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Exército. “É melhor Jair se acostumando! Em 2018, vamos enDIREITAr este país”, diz um post publicado em julho e curtido por 420 pessoas.

Na quarta, dia 23 , dezenas dos 440 estudantes da instituição – o para quem quer seguir carreira no Exército – marchavam antes do almoço à base de purê de batata, frango, arroz, feijão, suco artificial de laranja e gelatina de uva. “Nobre infantaria/ Arma de respeito/ Faz amedrontar”, entoava o pelotão de aspirantes a oficial das Forças Armadas.

Foram 29 mil inscritos para a turma de 2017, ou 66 candidatos por vaga (a média para medicina na USP é de 63). Jovens de 17 a 22 anos recebem uma ajuda de custo e moram no colégio-quartel, em dormitórios coletivos. Neste ano foi inaugurada uma ala para 37 alunas, as primeiras numa instituição há 76 anos dominada por homens.

Num percurso de cinco minutos, 30 alunos batem continência ao major Relva, 41, responsável pela comunicação da escola onde a implantação da ditadura militar, em 1964, é tratada como “revolução”, diz.

Em 1973, auge do regime, o filho do dentista plástico Geraldo e da dona de casa Olinda deu o primeiro o para concretizar um desejo despertado três anos antes. O Exército chegara a Eldorado (SP), onde vivia Bolsonaro, 15. As tropas estavam no encalço do capitão deserdado Carlos Lamarca, líder da guerrilha na região.

Bolsonaro escolheu ali seu lado no conflito e decidiu: seria o primeiro militar da família. Entrou na escola de cadetes aos 18 anos. Não chegou a se formar lá: fez concurso e foi direto para a Academia Militar das Agulhas Negras.

 

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