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A cobra Coral Verdadeira repreenta grande dificuldade de coleta e manutenção em cativeiro
A cobra Coral Verdadeira repreenta grande dificuldade de coleta e manutenção em cativeiro

Nova espécime de cobra Coral Verdadeira vai aprimorar a produção do soro na Funed

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Nova espécime de cobra Coral Verdadeira vai aprimorar a produção do soro na Funed

A cobra Coral Verdadeira repreenta grande dificuldade de coleta e manutenção em cativeiro
A cobra Coral Verdadeira repreenta grande dificuldade de coleta e manutenção em cativeiro

 

Fundação Ezequiel Dias conta com 233 serpentes para extração de veneno e produção de antídotos. Animais peçonhentos, como as cobras, despertam a curiosidade de estudantes que visitam o Serpentário.

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) recebeu uma nova espécie da cobra Coral Verdadeira (Micrurus frontalis), que terá importante papel na produção do soro antielapídico. O espécime, responsável por causar acidentes considerados graves, foi levado para a Funed por meio de uma parceria com o Departamento de Zoologia da Faculdade de Viçosa.

De acordo com o chefe do Serviço de Animais Peçonhentos da fundação, Rômulo de Toledo, a presença do animal é importante para a unidade e os pesquisadores, sobretudo devido à grande dificuldade de coleta e manutenção em cativeiro dessas serpentes e à pequena quantidade de veneno obtida por extração.

Atualmente, a Funed conta com 233 serpentes para extração de veneno para produção de soros, sendo que, destas, apenas 18 são da espécie Coral Verdadeira.

Programa Aulas eio

As cobras e animais peçonhentos, na Funed, também atraem visitas de estudantes mineiros, por meio de parceria com o Programa Aulas eio, realizado desde 2015, pela secretaria municipal de Educação de Belo Horizonte. A ação propicia o conhecimento científico aos alunos da rede municipal de ensino, a partir da política municipal da Escola Integrada. Desse modo, os alunos têm o em tempo integral às mais variadas instituições públicas do município.

O público que visita a Funed são crianças de diferentes turmas e idades. Elas são acompanhadas por um funcionário da escola e por funcionários da fundação. Os monitores, então, desenvolvem dinâmicas de aprendizado para sanar dúvidas comuns e agregar novos conhecimentos aos alunos visitantes, que têm a oportunidade de aprender fora da sala de aula.

Chegando à fundação, as crianças assistem a uma breve palestra, no auditório ou ao ar livre, sobre algumas das principais características dos espécimes. Dentre os objetivos das palestras está o de desconstruir os mitos acerca da natureza dos animais peçonhentos. Em seguida, os alunos são encaminhados para verem, ao vivo, os animais que acabaram de estudar, no Serpentário da Funed.

“Frequentemente, as crianças chegam demonstrando muita curiosidade sobre os animais, principalmente em relação às cobras. Às vezes, algumas delas sentem certo medo ou até mesmo repulsa. Diante disso, tentamos trazer outra impressão para as crianças a respeito desses animais, ensinando as suas características de maneira mais lúdica e interativa”, relata a bióloga Giselle Cotta, servidora há mais de 30 anos da Funed e responsável pela Coleção Científica.

A Escola Municipal Helena Antipoff, do bairro Tirol, na região do Barreiro, foi a última deste semestre a visitar a Funed, com os estudantes do ensino fundamental. Na ocasião, as crianças puderam conhecer diversos detalhes e desvendar curiosidades sobre os animais peçonhentos, com atividades lúdicas e palestras no Recanto Verde da Funed, espaço de convivência e recreação ao ar livre.

A visita por meio da parceria do Programa Aulas eio rendeu, inclusive, a produção de um texto, criado por aluno do ensino fundamental da rede municipal: “As 7 cobras – Em um lindo dia, todas as cobras se juntaram para fazer uma reunião e a cobra chefe falou: – Agora não vamos fazer mal às pessoas, só aos animais que fazem mal a elas. E assim foi feito, as cobras ficaram amigas dos homens”.

Para o próximo semestre, Giselle, responsável pela Coleção Científica da Funed, anuncia algumas novidades para o programa.

“A partir de agosto, novas atividades serão incluídas nas dinâmicas pedagógicas, como oficinas em grupos para estimular a criatividade das crianças. Na última visita, eles produziram várias músicas e peças teatrais relacionadas com o tema apresentado. Esse envolvimento é muito gratificante pra nós como profissionais e para a Funed”, conta.