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Adilson Cardoso
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Coluna do Adilson Cardoso – Números da Mega

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Coluna do Adilson Cardoso – Números da Mega

Parecia o melhor dos sonhos. Sonho lindo, cheio de areia e muitas pessoas lisonjeiras em volta. Prédios modernos, carros luxuosos e uma corrente de ouro dependurada no meu pescoço, a água do mar vomitava uma escuma branca, e, eu tomava água de côco sob os abanos de leques feitos a penas de pavão. Celebridades em minha volta chamavam pelo meu nome, aviões da esquadrilha da fumaça faziam piruetas desenhando meu rosto.  Era apenas uma festinha caseira para alguns convidados, minha ilha ficava no Pacifico recebia meu nome,  era uma ilha pequena, mas em extensão tinha o  tamanho de duas Metrópoles juntas.  Eu era o Prefeito, Governador e Presidente, marcava a hora que todos deveriam dormir e os despertava com ruídos de chuva, tocava Mozart e as Sinfonias de Beethoven quando queria atrair as Baleias, os Golfinhos saltavam em harmonia coreografada pelos raios de sol. Até que um dia decidi que os Dinossauros deveriam voltar a existir,  com muitos esforços consegui um cientista Português que faria o impossível, mas aram-se seis meses e sua carta escrita a punho fôra jogada embaixo da minha porta, além de não conseguir dar vida aos animais  não tinha como ressarcir o investimento, contratei então um matador de aluguel.  Pedi que viesse o mais radical do planeta, aquele que não tivesse medo de mergulhar em vulcão ou  dormir sobre formigueiro de Tocandiras, a caçada deveria ser incansável, dia e noite sem ao menos coçar o joelho.  Apresentaram-me o “Estriquinina” sujeito baixinho de pescoço atarracado, o olho não se via por causa da toca ninja que usava o tempo todo, mostrou sua identidade com orgulho  para provar o grau da sua perversidade, nem uma mãe conseguiu parí-lo, no lugar de filiação estava escrito “Sem registro”.

Deu seu preço eu não questionei, apenas interagi.

— No prazo de uma semana quero a cabeça do Português safado! – Dispensei o sujeito como se toca galinha.

Uma semana depois jogaram uma carta sob a minha porta. Era “Estriquinina” pedindo desculpas e itindo a primeira derrota da sua vida desgraçada, não havia conseguido pegar o sujeito cientista, pedia perdão por não ter como devolver a parte do pagamento recebido adiantado.  Eu era rico, tinha poderes e pensei nos grandes ditadores, nos Imperadores Romanos, nos estadistas históricos.  Eu não estava abaixo de nenhum, inclusive mandara confeccionar copia do uniforme de Napoleão e uma bandeira onde se lia “Libertê, Igualitê e Fraternitê”, quem chegasse a minha ilha teria de interpretar as palavras que conduziram a Revolução sa sob a ótica de Robespierre.

Mandei subornar agentes de uma Penitenciária de segurança máxima dos Estados Unidos.

— Quero que tire do corredor da morte o mais temível dos assassinos! – Ordenei fumando um charuto Cubano e vestido meu uniforme de Napoleão.

Dois dias depois um Helicóptero das Forças Áreas e Armadas Americanas pousavam na ilha, o cara que descia era tão selvagem  que avançava em mosquitos e mastigava como se fossem balas de maçã.  Combinei o preço e toda a logísticas que o “Cão Côxo” era sua alcunha, pediu. Sua missão era trazer a cabeça do Português e do Matador de Aluguel.  Mas duas semanas depois o Helicóptero das forças Aéreas e Armadas Americanas  pousava na ilha, de uma das câmeras eu espiava o movimento, primeiro desceu o comandante, depois foi à vez do Cão Côxo, fiquei animado, recuperaria meu dinheiro com o sangue daqueles incompetentes, mas atrás dele viera “Estriquinina” e mais atrás o cientista.  Atiraram na câmera e invadiram meu esconderijo. Acordei molhado de suor e de urina, os números da mega-sena que havia pedido aos Santos para sonhar rasguei e coloquei no fogo. Ser pobre ainda é mais seguro.

Por Adilson Cardoso

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