Coluna do Hesiodo José – Fragmentos Diários (aumento e também invento)

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A morte de João Gato

Morreu na manhã desta quarta-feira após cair de uma ambulância em movimento próximo a Montes Claros, região Norte do estado de Minas Gerais. O homem que entrara para o Livro dos Recordes como o “Gato Humano” João Gato, pelas sete vezes que escapara da morte. A primeira vez seu João que é natural da cidade de Pai Pedro tinha trinta anos e fora engolido por uma Sucuri quando pescava com amigos no Pantanal de Mato Grosso, ficara na barriga da cobra por vinte minutos até o animal ser abatido e ele sair ileso. No ano seguinte o ônibus que viajava de São Paulo a Porto Alegre caira dentro de um rio, por sorte ele tinha levado uma bóia sem saber por que. No mesmo ano o amante da sua esposa disparara uma espingarda de calibre doze contra sua cabeça, depois de seis meses em COMA sobrevivera. Casou-se e dois anos depois tentara seduzir a enteada de quinze anos que era namorada de um nóia, tomou um tiro de Fuzil no peito abrindo um rombo de alguns diâmetros. Segundo o médico por sorte a bala não atingira o coração nem outro órgão vital. ara por um período de depressão, com idéias suicidas saltara do edifício Tancredo Neves no centro de Belo Horizonte, por sorte caira sobre um toldo quebrando apenas um braço. Assim vieram outras tentativas da morte lhe carregar, entre elas a queda de um disco voador sobre a casa dele.

E dentro daquele ônibus o Zé Ruela olhava para a menina ao seu lado, pensava em tudo, menos em alguma forma interessante de iniciar um papo;

— Moça, ta vendo aquele cara ali que cobrou nossas agens ? Pois é, ele ta perguntando se você não quer ficar comigo?

— Moço, ta vendo aquela janela ali? Pula dela e sai rolando.

Deu medo e o Zé se aquietou com a sua Ruelinha. Mas quilômetros á frente a moça desceu em uma das paradas e ele ficou ensaiando o que dizer. Até que ela chega:

— Ah danadinha, como você demorou hein? Aposto que foi dar uma cagadinha não foi?

Riso da Hora