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Dr. Marcelo Eduardo Freitas

Coluna do Dr. Marcelo Freitas – Respeito ao Idoso

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Coluna do Dr. Marcelo Freitas – Respeito ao Idoso

Vivemos um tempo em que ninguém quer envelhecer. Todos os recursos possíveis são utilizados para se maquiar a idade e temos bons motivos para isso. Afinal, o velho não é bem visto – ou sequer é visto – pelas sociedades contemporâneas.

Os que possuem mais de 50 anos enfrentam dificuldades para arrumar emprego, encontrar um parceiro quando está sozinho, ter um programa de lazer adequado e ser respeitado pelas crianças e jovens. A palavra “coroa”, por exemplo, deixou de ter um sentido carinhoso e ou a ser pejorativo.

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, uma pessoa é classificada como idosa cronologicamente tendo mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e mais de 60 anos de idade em países em desenvolvimento, como no Brasil. Está lá no Estatuto do Idoso desde 2003, embora poucos o respeitem.

O número de idosos no Brasil e no mundo não para de crescer. De acordo com o Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Brasil terá 55,5 milhões de idosos em 2040, ou seja, eles serão praticamente três (2,7) a cada dez pessoas. Essa é uma tendência mundial. Na América Latina, entre os anos 2000 e 2025, o número de idosos ará de 40 milhões para 96 milhões.

As expectativas, assim, indicam que iremos viver, de um modo geral, por muitos e muitos anos. Estudiosos afirmam que chegará o dia em que as pessoas viverão por 150 anos. Deste modo, corremos, todos nós, o risco de nos sentirmos sozinhos, especialmente por não termos ninguém com quem falar, este ato tão simples. Caro leitor, imagine-se daqui a 60 anos! Certamente, as crianças estarão brincando com outros tipos de videogames bem mais modernos e vão gostar de assistir ao que você já não tem mais idade para gostar. Como deverá ser? Como irá se sentir?

Os idosos são vistos em diferentes perspectivas de acordo com as várias culturas em que estão inseridos (ou deveriam ser). Por exemplo, na cultura oriental os idosos são vistos como um símbolo de sabedoria devido às experiências vividas, e por isso são os mais respeitados e com o mais alto estatuto na sociedade.

No Japão, por exemplo, a velhice é sinônimo de sabedoria e de respeito. Lado outro, nas culturas ocidentais, parecem representar, de certa forma, um “peso” na vida dos mais jovens, visto que não representam um papel tão ativo na sociedade. Quando doentes, então, nem se fala. O fenômeno envelhecer é natural em todas as espécies de animais e tem sido a preocupação da “chamada civilização contemporânea”. Como você enxerga a velhice? Está preparado para esta etapa da vida?

Respeitar o idoso é reverenciar a experiência vivida, o conhecimento, a sabedoria acumulada de quem viveu e aprendeu, de quem sofreu, de quem tem um ado e uma história, de quem colaborou com a construção desse mundo e de quem deu a vida a quem hoje é jovem. Respeitar o velho é preservar nossa memória, aceitar o futuro e reconhecer o ado. Mas muitos de nós ainda não compreendemos isso. Negligenciamos, solenemente, os direitos de homens e mulheres de cabelos brancos e peles enrugadas.

Reza a lenda que, certa, feita, alguém perguntou a Galileu Galilei:
– Quantos anos tens?
– Oito ou dez, respondeu Galileu, em evidente contradição com sua barba branca.
E logo explicou:
Tenho, na verdade, os anos que me restam de vida, porque os já vividos não os tenho mais.

Não sem razão, destarte, Sêneca afirmava que “quando a velhice chegar, aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando estão entre os mais doces da vida de um homem, mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres”.

Os que amam profundamente, jamais envelhecem. Podem até morrer de velhice, mas morrem jovens. Como diria Fernando Pessoa:
“Não importa se a estação do ano muda…
Se o século vira, se o milénio é outro.
Se a idade aumenta…
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela”.

É tempo de respeito aos velhos! Um dia, quiçá, chegaremos lá…

Dr. Marcelo Eduardo Freitas – Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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