Norte de Minas – Manifestação contra crise energética e industrial pára a BR-365 entre Pirapora e Buritizeiro

O movimento em defesa da indústria e do emprego (pela retomada do desenvolvimento econômico regional) mobilizou um grande número de sindicatos, entidades civis, empresários, comerciários, operários, representantes de poderes públicos das cidades de Pirapora, Várzea da Palma, Buritizeiro, Capitão Enéas e Bocaiúva, na região Norte de Minas.

O movimento desencadeou uma grande manifestação na manhã desta quarta-feira (1° de julho) no trecho da rodovia BR-365, sobre a Ponte Eng° Antônio Pimenta, entre Pirapora e Buritizeiro. Segundo os Sindicatos dos metalúrgicos, a Conlutas e a Federação dos trabalhadores metalúrgicos de Minas Gerais (FEMETAL), mais de 5 mil pessoas participaram do ato público.

Pouco mais de 2,6 mil manifestantes (segundo os órgãos de segurança pública) se concentraram com faixas, cartazes, bandeiras e carros de som, protestando contra os efeitos da crise energética e industrial na economia norte-mineira, causando o fechamento de empresas, desligamento de fornos, queda nas exportações e demissões em massa. O protesto durou pouco mais de 2 horas.

O fechamento da rodovia e da ponte causaram uma paralisação de aproximadamente 4 km na BR-365.  Desde o agravamento da crise no 2° semestre do ano ado, as 5 indústrias eletrointensivas de Pirapora e Várzea da Palma  (Liasa, Minasligas, Inonibrás, Italmagnésio e Rima) já demitiram mais de 1,5 mil operários, também impactando o comércio nestas cidades, salientaram os sindicalistas.

Enquanto a Medida provisória (MP) 677, do Governo Dilma, beneficia as metalúrgicas do Nordeste com energia elétrica de baixo custo (R$ 125 o MWh), a CEMIG cobra R$ 430 das indústrias estabelecidas no Norte de Minas – que também integra a área de influência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste/SUDENE), lembrou o Prefeito de Pirapora, Léo Silveira.