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Alberto Sena
Alberto Sena

Coluna – Quatro nomes para uma só rua

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Coluna – Quatro nomes para uma só rua

A Rua Direita é a rua mais bonita de Grão Mogol. Em verdade, ela é uma só, subdividida em mais três nomes. É a mais antiga rua. Ela é a principal e se chama assim desde os primórdios do garimpo que deu origem a essa cidade sob a proteção das serras do Maciço do Espinhaço.

Coluna - Quatro nomes para uma só rua
Coluna – Quatro nomes para uma só rua

Mas por que “Rua Direita?” Você pode perguntar, e com toda a razão, porque a existência de uma Rua Direita sugere a possibilidade de haver uma “rua esquerda”. Este não é o caso da nossa Rua Direita. O nome nasceu espontaneamente como acontecia naquela época nas demais cidades históricas, onde o prédio da igreja católica era o referencial de tudo.

Coluna - Quatro nomes para uma só rua
Coluna – Quatro nomes para uma só rua

Quando alguém perguntava: “Onde fica a rua?”, a resposta era: “Fica à direita da igreja”. O que remonta também, ou principalmente, à agem bíblica sobre Cristo, que subiu aos céus e está sentado à direita do Pai. É uma rua curiosa essa. Originalmente, as águas pluviais corriam no meio dela e não nos cantos do meio-fio, como acontece nas demais cidades.

Coluna - Quatro nomes para uma só rua
Coluna – Quatro nomes para uma só rua

Mas na década de 80, a Prefeitura em vez de registrar de fato e de direito o nome da rua como Rua Direita, nome histórico, optou por homenagear Manoel Cristiano Relo, um juiz de Direito que atuou em Grão Mogol na década de 30.

O nome de Manoel Cristiano Relo foi dado também ao prédio do Fórum de Grão Mogol por Élcio Paulino, quando teve nele um cartório. Como o prédio não tinha nome e Paulino precisava enviar correspondências, aproveitou e lançou o nome do juiz. Ele garante que se for pesquisado na Prefeitura o nome de Manoel Cristiano Relo como sendo o nome do Fórum, não haverá registro.

A Rua Cristiano Relo (antiga Rua Direita) fica no meio das três ruas. No sentido Norte, ela tem hoje o nome de Luiz Gonçalves, pai do atual vice-prefeito de Grão Mogol, Hamilton Gonçalves. Luiz Gonçalves foi prefeito.

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Nessa rua o escritor, cronista, historiador e grande figura humana, Haroldo Lívio de Oliveira viveu dias de tranquilidade. Ele nasceu em Brasília de Minas, mas viveu grande parte da vida em Montes Claros, e como era apaixonado por Grão Mogol, de onde se tornou “cidadão honorário”, comprou uma casa antiga na Rua Luiz Gonçalves e nela ele viveu bons momentos.

Mas é preciso lembrar que essa rua já levou o nome do Barão de Grão Mogol, o coronel Gualtér Martins Pereira. Em seguida, foi batizada de Rua Rio Verde.

A parte Sul da Rua Cristiano Relo (Rua Direita chamada) é Rua Hilário Marinho. No frigir dos ovos ficou com a parte mais bonita da bonita rua. Você poderá perguntar em seguida: “Mais bonita por quê?” Porque nela estão dois empreendimentos que a tornam a mais bela rua de Grão Mogol: o primeiro deles é o Presépio Natural Mãos de Deus, o maior do mundo.

O outro é o Horto da Prefeitura Municipal de Grão Mogol, tido por Geraldo Fróis, o responsável pelo maravilhoso viveiro, “como uma das boas ideias do prefeito Jéferson Augusto Figueiredo”. No Horto da Prefeitura “bougainvilles” multicoloridos enchem os olhos e a alma dos circunstantes.

Mas, afinal, quem foi Hilário Marinho? Ele era pai de Amadeu Ferreira Paulino e avô de Élcio Paulino, dono do restaurante Casarão, em Grão Mogol. Hilário foi uma figura que se poderá resumir numa palavra: “Factótum” – era um “faz tudo”. Foi escrivão de cartório, juntamente a Amadeu, médico e dentista praticante.

Ele possuía licença do Conselho de Medicina para trabalhar. Nas horas de folga, se armava das ferramentas próprias e ia garimpar. Era assim Hilário Marinho, que, volta e meia ministrava “aulas públicas” também, aulas precursoras da “escola pública” dos tempos de antigamente.

Por Alberto Sena / Fotos: Rua Direita (Cristiano Relo, Rua Hilário Marinho e Rua :Luiz Gonçalves

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