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Alberto Sena

Coluna – Digo ao INSS que vivo

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Fui de Grão Mogol a Montes Claros, hoje, numa viagem tipo vapt-vupt, como quem busca fogo, aliás, fogo não, prova de que estou vivo, graças a Deus Nosso Senhor. Fui buscar atendimento numa agência da Caixa Econômica Federal (CEF), como exigia o INSS, “prova de vida”. O aposentado que não fizer isso até o dia 30 corre o risco de ficar sem o benefício, segundo a ameaça largamente publicada e até destorcida na internet.

Saí de Grão Mogol (não sei por que Grão Mogol ainda não tem uma agência da CEF) aproveitando uma carona do amigo Edson, que se fazia acompanhar da digníssima, Raimunda, ali pelas 8h, de modo que depois de vencermos com louvores a BR 251, com as suas carretas e cegonheiras, além de uma centopeia de carros, ele me deixou próximo da Praça de Esportes, em Montes Claros. Orientei-o no sentido de contornar a Praça de Esportes, porque seguia rumo a Belo Horizonte.

Depois de décadas distante, me vi subindo outra vez a Rua Doutor Santos em meio a um trança-trança de gente e de carros se espremendo entre um meio-fio e outro. E fui indo. Entrei na agência da CEF, munido do cartão com o qual recebo o benefício, pude, enfim, dizer ao INSS que ainda estou vivo.
O mais interessante é que a senhora funcionária da CEF me disse, olhando-me no rosto: “O senhor está mais do que vivo, depois de subir duas vezes essas escadas”. Risos.

Depois de acertado contas com o INSS fiquei pensando e perguntando a mim mesmo por que cargas d’água Grão Mogol não tem uma agência da Caixa Econômica Federal? Quem tem conta na CEF só consegue fazer operações limitadíssimas na agência lotérica. Por que isso? Alguém saberia me dizer por que Grão Mogol não possui uma agência da CEF? O Banco do Brasil, o Bradesco e o Banco do Nordeste estão presentes, e o que será que a Caixa está esperando? Ora bolas, diria o poeta Mário Quintana.
Saí da agência bancária e fui subindo a Rua Doutor Santos, rua que muito desci nos anos 60/70 e era completamente diferente de hoje. Deparei-me com o palacete do empresário, escritor/poeta Luiz de Paula Ferreira, sócio do ex-vice-presidente da República, o falecido José de Alencar, na Coteminas.
O palacete foi um dos dois imóveis que sobreviveram à sanha imobiliária que desmemoriou e desfigurou a cidade ao jogar no chão as casas antigas, estilo colonial, que, se restauradas tivessem sido dariam um toque histórico à cidade.

Outro imóvel que resistiu é o sobrado onde morava a família do amigo Sinhozinho Batista, na esquina das ruas Dr. Santos e Dom João Antônio Pimenta. No mais, sobrou também o desfigurado Hotel São José, que possuía dos lados bancos onde sentávamos, eu e os amigos, e lá ficávamos horas nunca perdidas, conversando abobrinhas.

Dei um giro por ali pela Praça Coronel Ribeiro e não contive o ímpeto de fotografar o Cine Coronel Ribeiro e como se fosse um filme, as lembranças pulularam revendo num relance as fitas ali assistidas desde os tempos de criança na matinê das duas horas.

Depois, quase tropecei nas recordações da Montanhesa, um bar na esquina de Rua Bocaiúva, que tinha nos fundos um espaço com cadeiras e mesas debaixo de uma mangueira. Ali eu vi o cantor Roberto Carlos no início da carreira, e ele andava acompanhado de algumas pessoas, mas não o vi sendo assediado por nenhuma fã.

Por último, antes de tomar um táxi e ir pra casa de Wanda, minha irmã, dei meia dúzia de os e fotografei uma casa em estilo colonial que ainda resistente às incursões imobiliárias. Posso afirmar sem medo de errar que é a casa de Josimar e Jarbas Oliveira. O Jarbas, com o qual tenho amizade virtual, me confirmou ser a casa da família deles dos bons tempos tanto quanto bons são os tempos atuais, que seguem em alta velocidade deixando pra trás só a fuligem.

Pra finalizar, presto contas: saímos de Grão Mogol às 8h e chegamos a Montes Claros às 10h30, devido ao trânsito de estrada e ruas cheias. Resolvi a questão com a CEF, que, agora, deve estar feliz da vida por saber que estou vivo. Almocei na casa de Wanda e às 14h já estava de volta a Grão Mogol, trazendo na bagagem mangas, lindas mangas, cultivadas no quintal da querida irmã. Uma delícia!

Por Alberto Sena

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